Bacana demais conhecer vocês da PERSEVERA. Fomos muito bem informados sobre vocês pela MS Metal Agency Brasil. Então fica aqui os nossos parabéns pela jornada. Como vão as coisas? O que vocês têm feito ultimamente?
Eu que agradeço pelo espaço e pelo carinho, pessoal da Metal Maniacs! Tudo ótimo por aqui. Estamos em uma fase super produtiva: finalizando as gravações do segundo álbum em estúdio, ensaiando as músicas ao vivo pela primeira vez e já pensando no repertório dos shows. É um momento de muita energia, porque a gente sente que o trabalho está ganhando corpo de verdade. A parceria com a MS Metal Agency tem sido fundamental nesse processo — eles abriram portas importantes, especialmente com o lançamento físico de Genesis. Seguimos firmes, com foco total na música e no que ainda está por vir.
Conheci alguns álbuns de vocês, e confesso que amei o último. Este formato está nos planos novamente?
Com certeza! O formato de lançar single por single antes do álbum completo foi uma estratégia que deu super certo com Genesis. Além de manter a banda ativa nas redes e nas plataformas, criou uma expectativa natural pro lançamento final. Estamos repetindo exatamente isso com o segundo álbum: já soltamos dois singles, e vamos seguir liberando faixa por faixa até fechar o disco. Depois, vem o álbum completo em digital e, claro, uma nova tiragem física.
A letra inusitada de “A Waste of Time” ficou excelente. De quem partiu a ideia para registrar essa música? Parabéns pelo resultado...
Valeu mesmo! “A Waste of Time” nasceu de um riff que eu tinha guardado há anos no loop station — daqueles bem pesados, com uma pegada meio thrash. A letra veio depois, quase como um desabafo pessoal sobre como a gente às vezes se perde em ciclos repetitivos, em coisas que não levam a lugar nenhum. Foi uma das primeiras que escrevi pro álbum, e a ideia era justamente essa: contrastar uma letra mais reflexiva com uma base agressiva. O Paulo (vocal) deu um peso incrível na interpretação, e o Thadeu e o Claudio completaram com linhas que reforçaram essa sensação de urgência. Ficou uma das favoritas da galera — e nossa também.
“The Countdown” é autoral e bem madura em toda a sua estrutura. Como vocês a avaliam depois de tempos do seu lançamento?
“The Countdown” é uma das faixas que mais me deixou satisfeito pela maturidade estrutural. Depois do lançamento percebemos que a música tem um desenvolvimento sólido — dinâmica, variações de clima e uma construção que segura bem tanto a energia quanto a narrativa. Hoje eu a vejo como uma composição em que conseguimos equilibrar agressividade e melodia de forma madura; é uma das que mais representa o que a Persevera vinha buscando.
Vocês já definiram a possibilidade de abraçar o latim em passagens nas letras? Acho que vocês se dariam melhor no mercado internacional, desta forma, não?
Sobre usar latim em passagens: achamos a ideia interessante. Temos uma ligação com temas simbólicos e bíblicos (às vezes puxamos referências desse universo), então o latim pode trazer um peso e uma solenidade que combinam com certas músicas. Ainda assim, o inglês segue sendo a língua principal por facilitar o diálogo com o público internacional — mas não descartamos encaixes pontuais em latim quando a estética da faixa pedir.
Como funciona o trabalho de produção da banda quando está em estúdio? Vocês já estão trabalhando em algo novo neste sentido?
O processo é bem orgânico, mas estruturado. Tudo começa comigo trazendo os riffs e as ideias de guitarra — a maioria já gravada no loop station anos antes. Mando pro Claudio, que cria e grava a bateria. Depois eu vou pro estúdio (do próprio Claudio) e gravo as guitarras. O Thadeu entra com o baixo, geralmente improvisando em cima do que já tá pronto, e o Paulo fecha com os vocais. No segundo álbum, com a entrada do Luiz e do Leandro nas guitarras, o processo ficou ainda mais colaborativo: eles trazem solos, harmonias e até sugestões de arranjo. Estamos sim trabalhando em algo novo — aliás, já temos 8 das 12 faixas do segundo disco gravadas. A produção tá mais madura, com timbres mais definidos e uma atenção maior às dinâmicas.
“King of Kings” foi uma ótima surpresa. Vocês concordam que ela pode vir a se tornar uma música obrigatória nos shows da banda?
“King of Kings” tem tudo para virar uma obrigatória ao vivo — concordo plenamente. A faixa tem um gancho forte, dinâmica que conversa bem com plateia e elementos que funcionam muito bem em show. Quando começarmos efetivamente a tocar, acho que ela vai entrar no set como um dos pontos altos.
Eu também gostei bastante da faixa “My Curse”, mas ela se difere bastante das demais. Foi algo intencional ela ter esta estrutura tão própria?
Sim, totalmente intencional. “My Curse” foi composta num momento em que eu queria sair um pouco da zona de conforto do heavy tradicional. Ela tem uma introdução mais atmosférica, quase doom, e depois explode num riff bem thrash. A letra é sobre autossabotagem, sobre carregar um peso que a gente mesmo cria. Quisemos que ela tivesse essa dualidade: introspectiva no começo, agressiva no final. O Paulo usou uma interpretação mais sombria nos vocais, e o Thadeu colocou uma linha de baixo bem grave que dá um clima único. É uma das favoritas pra variar o set ao vivo — pra dar um respiro antes de voltar com tudo.
2025 ainda está rolando por aí. Quais os planos da PERSEVERA para este ano vigente?
Nosso foco principal em 2025 é seguir com as gravações do segundo álbum, que está em fase avançada e deve ser lançado em 2026. Vamos continuar liberando as faixas como singles para manter o público atualizado, e também pretendemos lançar mais uns dois vídeos de músicas desse novo trabalho. Além disso, 2025 é o ano de preparação: vamos intensificar os ensaios e montar o show para começar a levar as músicas para o palco, algo que estamos ansiosos para fazer.
Parabéns novamente pelo trabalho de vocês, caras. Existiu algum assunto importante que não foi citado aqui?
Acho que cobrimos bastante, mas queria deixar um recado: a Persevera é sobre acreditar, resistir e seguir em frente — e isso vale pra música e pra vida. Cada riff, cada letra, cada show que ainda vamos fazer carrega essa mensagem. Agradecemos demais ao apoio da MS Metal Agency, da imprensa como vocês e, principalmente, dos fãs que têm nos acompanhado desde o primeiro single. Tem muita coisa boa vindo por aí. Fiquem ligados nas redes, ouçam as músicas, e nos vemos na estrada. Um abraço pesado a todos da Metal Maniacs Media!
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